luns, 30 de xullo de 2012

Adeus, Mostra de Ciencia e Cinema



Vimos filmes de Dana Ranga, Semiconductor, Erwin Wagenhofer, Werner Herzog, Jeanne Liotta, Isaki Lacuesta, Jim Finn, Tessa Joose, Barbara Hammer, Mikael Kristersson, Gonzalo de Pedro, Fernando Franco, Herman Asselberghs, Karen Aqua, José Luis Torres Leiva, J. P. Sniadecki, Sharon Lockhart, Adele Horne, Jean Painlevé, Robert J. Flaherty, Robert Gardner, Hillary Harris, Verena Paravel, Lucien Castaing-Taylor, Ilisa Barbash, Hanns Walter Kornblum, Lois Patiño, Marcos Nine, Xurxo Chirro, Graça Castanheira, Maria João Soares, Tess Girard, Oleg Tcherny, Max & Dave Fleischer, Pierre-Marie Goulet, Nicolas Philibert, Patricio Guzmán, Ben Rivers, Bill Morrison, Deborah Stratman...

Barbara, Lucien, Ilisa e Bill regaláronnos ademais a súa presenza; con eles disfrutamos e aprendemos, e coas persoas que pasaron polo xurado: Eloy Enciso, Ángel Santos, Oliver Laxe, Lois Patiño, Xurxo Chirro, Camilo José Cela Conde, Pilar Perla, Santiago Auserón, Luis Martínez, Manuel Bragado, Eulalia Pérez-Sedeño e Carlos Muguiro, entre outros. E con Fernando Jáuregui, Javier Armentia, Laureano Jiménez ou Juan Herbera.

Puxeron música Fran Gayo, Roberto Mallo, Miguel Prado, Xabier Díaz, Guille Fernández, Guadi Galego, Abe Rábade e Ernst Karel. A voz e a palabra, Lucía Aldao, Marica Campo, Emma Couceiro, Estíbaliz Espinosa, Alfredo Ferreiro, Manuel Rivas e Xavier Seoane. Tamén Susana Rois e Belén Regueira, sempre dispostas a botar unha man, igual que Joana Barros e Sílvio Mendes, que compartiron o soño dende Lisboa.

As catro (ou cinco) edicións da Mostra de Ciencia e Cinema trouxeron un inmenso traballo, algunhas (bastantes) insatisfaccións, moitos momentos felices e un bo número de novos amigos. A quinta edición, que debería celebrarse a finais de novembro, non chegará a existir. Pola parte que me toca, que non é precisamente pequena, só podo dicir que me sinto ben orgulloso do que fixemos.

martes, 24 de xullo de 2012

Diferenças geracionais

Desde os anos que envolvêrom os fastos da celebraçom do centenário do cinema na Galiza, nom se voltou a pensar dumha maneira histórica. Agora que a sua pele se tornou mais translúcida, pode ser feito um diagnóstico clarificador de como é o esqueleto dum organismo que deu sobradas mostras de estar forçadamente homogeneizado. Provavelmente, o elemento mais esclarecedor do audiovisual galego é que convivem várias maneiras de entender o cinema. Distintas perspetivas que podemos relacionar com umha estratificaçom geracional. Nesta taxonomia existem elementos discordantes, exceçons à regra, mas estes, por desgraça, som os menos.

Para ir entrando em matéria, podemos ver como, a dia de hoje, convivem até cinco geraçons de cineastas que, mais ou menos, se correspondem com as décadas em que começárom a fazer cinema e com os seus anos de nascimento. Podemos reconhecer umha primeira, a mais velha, a do Cinema Amador da década de 1970, da qual já restam poucos representantes em ativo. Miguel Castelo (n. 1946) estreará em breve o seu filme “Sonhos arraianos”, e em 2008, Euloxio Ruibal (n. 1945) fijo umha curta-metragem experimental intitulada “Mamai Fedra”. Esta geraçom foi a que começou a pensar em cinema estando cientes do nada. Tentárom fazer um cinema amador que unira a crítica social, as vaidades literárias e a plasmaçom identitária.

A segunda geraçom foi a da Vídeo-criaçom da década de 1980, unha vasta lista de criadores que, na sua maior parte, nascêrom na década de 1950: Antón Reixa (n. 1957), Xavier Villaverde (n. 1958), Antón Caeiro (n. 1960), Manuel Abad (n. 1953), Xosé Manuel Bua (1958)… Basculárom com eficácia no frenesi tecnológico. Umha geraçom que contou com a ajuda governamental e que, graças ao seu indubitável talento, servírom para dar-se a conhecer no exterior, sobretudo por meio do canal videográfico. Poucos deles som os que chegárom a trabalhar em celuloide, no que se deu em chamar a versom galega do chamado Cinema das Autonomias; porém, a maior parte acabou alimentando a TVG. Nom obstante, a este grupo unírom-se outras personalidades criadoras procedentes doutros ámbitos: Margarita Ledo (n. 1951), Héctor Carré (n. 1960), Jorge Algora (n. 1963), Ignacio Vilar (n. 1952), Xavier Bermúdez (n. 1951), Carlos Amil (n. 1959)…

A terceira geraçom foi a saída da Escola de Imagem e Som da Corunha. Provavelmente, é a mais "consciente", já que as distintas promoçons de realizadores e técnicos que saírom nos primeiros anos dessa instituiçom educativa estavam chamados a preencher os ocos profissionais que havia num setor “estratégico em alta”. Um período em que se exacerbaram as especificaçons dos roles gremiais num contexto onde o cinema se afanava em incrementar a sua qualidade técnica. Entre os que possuem mais continuidade e chegárom a fazer longas-metragens, encontramos Jorge Coira (n. 1971), Sandra Sánchez (n. 1970), Ángel de la Cruz (n. 1963), Alfonso Zarauza (n. 1973), Carlos Alberto Alonso (n. 1970), Luis Avilés (n. 1969), Enrique Otero (n. 1971), Judas Diz (n. 1973)... A este há que acrescentar os realizadores (integrados e apocalípticos) procedentes das Belas Artes (ou afins) como Uqui Permui (n. 1961), Mario Iglesias (n. 1963), Susana Rei (n. 1966), María Ruido (n.1967) ou Fernando Cortizo (n.1972).

A quarta geraçom é a "descrente". A que se denomina como Novo Cinema Galego. Novos criadores entrárom ao assalto tentando ocupar um sítio nas margens, optando por novos modelos de produçom afastados da hierarquia e da vassalagem a umhas heranças de produçom caducas e limitadoras. Provavelmente, o contexto de democratizaçom das novas tecnologias foi o que mais marcou estes cineastas que vírom que “era possível”. Dentro destas, o facto mais definitório foi o acesso à banda larga, onde a cinefilia se expandiu até limites insuspeitados. Mas o processo acelerador desta conjuntura veu via administraçom, da Agência Audiovisual Galega e das suas convocatórias de talento. O caminho desta liberdade criadora começou com as propostas experimentais de Alberte Pagán (n. 1968), e foi seguido em práticas um grupo mui heterogéneo em idades, em interesses e em procedências: Oliver Laxe (n. 1982), Ángel Santos (n. 1976), Marcos Nine (n. 1975), Eloy Enciso (n. 1975), Peque Varela (n. 1977), Ramiro Ledo (n. 1981), Pela del Álamo (n. 1979), Sonia Méndez (n. 1980), Víctor Hugo Seoane (1982), Xacio Baño (n. 1983), Lois Patiño (n. 1983)… Sem qualquer dúvida, a geraçom de cineastas que deu maior projeçom ao cinema galego no exterior.

Por último, deve referir-se que, a dia de hoje, fechado o apoio institucional, abriu-se o tempo para que emerja umha nova geraçom que se perfilará entre as grandes incertezas que depara tanto o presente como o futuro. Som uns realizadores que ainda nom se dêrom a conhecer, mais que enfrentam e enfrentarám o seu desembarco na criaçom audiovisual na mais total orfandade. As pautas nas quais se conformarám as práticas cinematográficas nos próximos anos na Galiza estám no ar e dificilmente se voltará a situaçons passadas. O legado do passado será gerido polos novos criadores segundo a sua conveniência, tentando conformar as características próprias que os definam.

Este diálogo intergeracional revela umha série de conclusons: o contexto (o social e o cinematográfico) definiu fortemente as geraçons do audiovisual galego, a cada período corresponde umha conceçom cinematográfica muit específica, a aspiraçom polo industrial motivou umha inclinaçom polo standard, relegar os critérios comerciais motivou um maior risco artístico, até as últimas geraçons o mundo do cinema dominou o cinema, a hipotética normalizaçom do setor foi devida a certa tutelagem da administraçom, cada década acolheu um lustro de sublimaçom e outro de mudança de paradigma, as geraçons pró-industriais ficam ancoradas sen arelas de reatualizaçom, a atitude possibilista fomentou a continuidade da norma e maus vezos administrativos, o intercambio geracional ocorreu com mais fluidez quando quebrou o sistema industrial, a terceira geraçom adiou-se pola seródia consolidaçom da segunda, o acesso a longa-metragem cobria geraçons posteriores, a atitude crítica contra o académico provocou a liberdade criativa e a quarta geraçom concilia membros nascidos num maior arco de anos definindo-se como a mais democrática de todas.

Xurxo González

sábado, 21 de xullo de 2012

Indielisboa 2012

A crónica do Indielisboa que esta revista publicou en xuño de 2010 era inesperadamente entusiasta. Aquela edición viña marcada polo crecemento do apoio institucional ao festival e marcou un record de entradas vendidas -44 mil- mentres polo horizonte xa se albiscaban os efectos dos problemas económicos que colocarían o país en mans do FMI, o Banco Central e a Unión Europea. Poucos días antes de que o 16 de maio de 2011 se fixera oficial a intervención e o conseguinte sometimento do país ao mandato da Troika remataba a oitava edición do Indie, esta si xa severamente afectada pola crise: o orzamento adelgazou en medio millón de euros (máis ou menos unha terceira parte) e iso reflectiuse nos contidos e finalmente tamén na asistencia de espectadores, que caía un 25% para se situar nos 33517. O contexto xeral non mudou para mellor en 2012, así que manter ou mellorar os resultados xa era de seu un éxito, e así aconteceu. Segundo o balance final emitido pola organización, nos once días que durou o festival -do 26 de abril ao 6 de maio- contabilizáronse 34797 espectadores, e o que é máis importante, medrou a media por sesión para alcanzar ratios de ocupación próximos ao 50%. 19 das 222 proxeccións colgaron o cartel de “non hai billetes”, e tamén foi moi elevada a participación nas actividades paralelas: os obradoiros do IndieJunior, as palestras e mesas redondas das LisbonTalks e a actividade nocturna, que se trasladou a unha zona emblemática da cidade, o Cais do Sodré, e ficou concentrada nunha mesma rúa -a Rúa Nova do Carvalho, rebautizada para a ocasión coma “Rua Dr. Indielisboa”- coa colaboración de diferentes locais (Musicbox, Povo, Bar da Velha Senhora, Pensão Amor, Casa Conveniente e Viking).

A innegábel sensación de alivio compensa en parte a frustración dalgunhas dolorosas medidas, entre elas a de desbotar unha sección emblemática do certame, o “Herói independente”, a homenaxe que o Indie tributaba a cineastas que admira en forma de retrospectiva, e que no pasado centrou a atención en autores tan estimulantes coma Werner Herzog, Júlio Bressane, Nobuhiro Suwa, Jia Zhangke, Shinji Aoyama ou Johnnie To, ou cinematografías con espírito renovado, caso da Arxentina, Rumanía ou Alemaña. A falta de Herói houbo que conformarse cun pertinente repaso ao cinema suízo contemporáneo nun foco que baixo o título Um bando à parte presentou, entre outras, as obras dos novísimos Lionel Baier (Un autre homme, Toulouse) e Ursula Meier (L'enfant d'en haut, premiada na Berlinale). O outro foco con nome propio celebraba o cincuentenario da Viennale, a mostra que agora dirixe con bravura Hans Hurch (a entrevista que Kieron Corless lle fixo hai uns meses para Sight and Sound é un documento imprescindíbel para entender o que debe ser hoxe un festival). Cinco filmes, un por cada década, ofreceron unha visión pouco convencional do que representou e representa cada outono a cita austríaca: dos xa clásicos As margaridas de Vera Chytilová e Atención a esta prostituta tan querida de Fassbinder, fitos dos novos cinemas do leste e da Alemaña respectivamente, ao transgresor e non sempre suficientemente valorado Derek Jarman (The last of England), o documentalista e profesor en CalArts Thom Andersen (coa sensacional Los Angeles plays itself) e o cambodiano Rithy Panh, unha das maiores conciencias artísticas do cinema do presente (La terre des âmes errantes).

A sección oficial do Indie é sempre un bo termómetro para medir tendencias e descubrir autores a daren os seus primeiros pasos. É o caso do cinema chileno, que comezou o ano acumulando premios en Sundance (mellor guión para Joven y alocada de Marialy Rivas, Gran Premio do Xurado para Violeta se fue a los cielos de Andrés Wood) e Rotterdam, cun dos “Tigres” para De jueves a domingo de Dominga Sotomayor, que acabou sendo o triunfador tamén en Lisboa. No filme, un matrimonio que atravesa un momento delicado na súa relación vai cos dous fillos ao campo durante unha fin semana, nunha viaxe que nos irá desvelando sutilmente o estado das cousas. A referencia é sempre Lucía, a filla maior: o que ela entende e o que intúe, o que sospeita e o que imaxina, o dilatado tempo do traslado (e o inevitábel aburrimento infantil) e as ganas de leria. A abrumadora grandeza da paisaxe serve de fermoso pano de fondo, mais o espazo fílmico concéntrase no interior dun coche nesta road movie na que a verdadeira viaxe vai por dentro, cun rigorosísimo traballo de composición que aproveita maxistralmente xanelas, portas e espellos.

Unha inesperada pegada chilena asomaba tamén nun dos pratos fortes da sección Observatorio: Pablo Larraín (Tony Manero, Post-mortem) é o produtor do novo de Abel Ferrara, 4:44 Last Day on Earth. As 4:44 do título é a hora na que vai acabar o mundo por causa dalgún irremediábel colapso medioambiental, e así se confirma que a apocalipse parece ser unha das grandes tendencias contemporáneas (por algo será). Sumido nunha inesperada serenidade, Ferrara imaxina a extinción da vida de maneira moi relaxada, nunha pacífica aceptación do inevitábel segundo a cal o mellor que un pode facer é compartir as horas que quedan coa persoa amada, caso de Willem Dafoe e Shanyn Leigh no filme, e matar o tempo entregados ás actividades favoritas (entre elas, pintar) e as despedidas. Noutra cruel conta atrás atópanse os reclusos no corredor da morte, coma os que interroga Werner Herzog na excepcional Into the abyss, o achegamento máis sincero e elocuente á pena capital visto en anos. Non se cuestiona a inocencia ou culpabilidade de Michael Perry (executado oito días despois de que gravaran con el unha última conversa) e Jason Burkett (condenado a cadena perpetua), acusados do asasinato dunha enfermeira e con sospeitas sobre outros dous crimes máis; o obxectivo de Herzog é reconstruír sen efectismos dramáticos o relato dos acontecementos e as súas consecuencias para as persoas envolvidas neles, apoiado na súa insuperábel capacidade para a entrevista. Foi o mellor dunha sección que aínda reservaba outras alfaias, como a orixinal recreación que do clásico Wuthering Heights de Emily Brontë fai Andrea Arnold, a anos luz de calquera tentación de acartonamento, ou o estudo sobre os animais coma obxecto das imaxes que é Bestiaire de Denis Côté.

Valérie Massadian, compañeira de Pedro Costa, debuta na longametraxe con Nana, mellor ópera prima no Festival de Locarno. Encantadora e cruel, a película é unha sorte de conto infantil perverso, cunha nena de catro anos sobrevivindo en soidade nun espazo rural idílico e inquietante a partes iguais. Moito menos interesante resulta L'âge atomique de Heléna Klotz, filla de Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, sobre unha (fracasada) noite de farra de dous mozos parisinos que discorre entre discusións e decepcións até que deciden saír da cidade e perderse un pouco polo bosque. Por máis poesía (?) que solten polas bocas o referente que se nos vén á cabeza non é o traballo dos pais de Heléna, senón outro ben máis prosaico (e por certo, de moita máis calidade): o Superbad de Gregg Mottola, do que esta viría ser, en palabras de Jaime Pena, unha versión “chichi” (e este é o momento de recomendarlles, máis unha vez, a entrevista a Hans Hurch en Sight and Sound). Postos a deambular, prefiro a Hani Furstenberg e Gael García Bernal en The loneliest planet de Julia Loktev, malia non funcionar de todo no seu retrato dunha parella de viaxe mochileiro polas montañas de Xeorxia cuxos vínculos mudan abruptamente por un xesto de covardía, tan breve coma imposíbel de rectificar, do home.

Na mesma sección que os títulos anteriores, Cinema emergente, presentouse o groso da participación portuguesa no Indie, este ano máis feble do habitual. Nin da algo insulsa corrección d'A casa de Júlio Alves, o rexistro da construción dunha vivenda centrado nas persoas que traballan na obra, e moito menos do pretensioso diario inzado de citas From New York with Love de André Valentim Almeida, quedará rastro na nosa memoria de aquí a uns meses. Tampouco de Por aquí tudo bem, na que Pocas Pascoal conta unha experiencia que ben puido ser a súa: a de dúas adolescentes angolanas que chegan a Lisboa nos 80 e deben aprender a sobrevivir nunha cidade que non lles regala nada. Son boas as intencións, mais moi fracos os resultados. Algo mellores -non o suficiente- son os de Em segunda mão de Catarina Ruívo, que xoga co intercambio de identidades e ten coma protagonista a Pedro Hestnes, actor de culto (O sangue de Pedro Costa, Xavier de Manuel Mozos) que falecería pouco despois da rodaxe e que xa amosaba unha evidente fraxilidade física. Con xustiza o premio de longametraxe no concurso nacional levouno Jesus por um dia de Helena Inverno e Verónica Castro, que se axusta ao canon do mellor cinema antropolóxico para documentar de xeito honesto e vigoroso a participación de reclusos do penal de Bragança nunha representación tradicional de Semana Santa en Tras-os-Montes. Bastaron 26 minutos, en calquera caso, para dar por xustificada a visita a Lisboa: esa é a duración d'O que arde cura, o primeiro traballo en solitario de João Rui Guerra da Mata. Nunha curiosa relectura d'A voz humana de Jean Cocteau, un home fala por teléfono coa súa parella -da que non saberemos se é home ou muller- na mesma mañá do 25 de agosto de 1988 en que ardeu o Chiado. A voz e o corpo de João Pedro Rodrigues enchen unha curta que vai do íntimo (o final dunha relación) ao colectivo (a memoria dun fito recente na historia do país) para converterse nunha fermosísima chamada á necesidade de comezar de novo, guiada polas imaxes fabricadas por un mago da fotografía, Rui Poças.

Martin Pawley. Artigo publicado no número de xuño de 2012 da revista Tempos Novos.

martes, 17 de xullo de 2012

A lenda de Breogán, unha experiencia educativa anovadora

…a Alberte de Esteban “O Roxo”

Para falar d'A lenda de Breogán temos que viaxar ata mediados da década dos oitenta. Un tempo no que a sociedade da vila da Guarda aínda se espreguizaba no amencer da liberdade tras a longa e dura inverneira. Un bo baremo para analizar aquel clima foi todo o que rodeou á realización da curtametraxe A lenda de Breogán, unha das experiencias educativas máis anovadoras e fértiles que tivo lugar na Guarda e que chocou, de fronte, con toda a ferruxe de pensamentos e ideoloxías que, daquela, aínda dominaban a vila do sur de Pontevedra.

No ano 1984 o Instituto Público da Guarda comezaba a súa andaina no predio do Centro de Formación Profesional da Sangriña. Esta institución educativa recentemente alumeada víase moi coartada polas limitacións de espazo e polos poucos recursos existentes. Mais, aínda así, agromaron certas iniciativas educativas valiosas e sorprendentes non só pola escasa infraestrutura e bagaxe do centro, senón polo que se tiña visto ata ese momento nunha comunidade excesivamente anquilosada e temerosa dos cambios. A comunidade de alumnos, agás as novas promocións, procedía de institutos de secundaria da Guarda ou da bisbarra, na súa maioría centros privados que se atopaban ao abeiro da igrexa cos consecuentes plans curriculares conservadores.

A realización da curtametraxe correu por conta do curso de terceiro de BUP da promoción 1984-1985 do Instituto da Sangriña (rapaces e rapazas de 15-16 anos). A iniciativa e coordinación do proxecto foi responsabilidade do profesor coruñés Alberte de Esteban “O Roxo”, que impartía a área de Literatura e Letras Galegas e que chegara á Guarda ese mesmo ano. Daquela era un profesor con pouca experiencia como ensinante mais cunha longa traxectoria como mariño mercante desde 1968. Un home íntegro con fortes valores sociais adquiridos no seo dunha familia de fonda convicción anarquista que padecera fortemente as consecuencias da represión franquista.

Alberte “O Roxo” alternaba como docente nas áreas de Historia, Galego, Castelán e Ética. Desde que comezara a súa andaina como profesor tentou aplicar novos métodos educativos coa convicción de aportar aires novos a un rancio sistema de ensino. A súa vocación pedagóxica non se limitou ao horario lectivo senón que tamén quixo promover actividades e proxectos educativos fóra das aulas, seguindo a metodoloxía libertaria.

Así, antes de comezar a realización da curtametraxe, el mesmo foi o promotor dunha revista feita polo alumnado do instituto. Esa revista tivo unha vida moi breve e accidentada xa que debido aos seus contidos “diverxentes” foi secuestrada polo Alcalde e estivo vilipendiada pola “benpensante” opinión pública da Guarda. O contido desta publicación chegou a ser levado ao Pleno Municipal polo daquela concelleiro de cultura, o “popular” Ligero.
Despois disto, o goberno local presionaría ao director e ao claustro educativo para que lle fora aberto un expediente mais os alumnos reaccionaron de xeito modélico iniciando unha folga para evitar que o profesor fose inxustamente sancionado.

Tras o aciago episodio da revista, Alberte de Esteban non se deu por vencido e comezou a dar forma a un proxecto moito máis ambicioso como era o de facer unha curtametraxe cos seus alumnos e alumnas. A idea procedía da relación de amizade con Manolo González, profesor en Allariz e pioneiro do uso do audiovisual nas escolas que nese ano era o responsable do programa “Vídeo nas aulas” da Dirección Xeral de Cultura da Xunta de Galicia. Foi así como chegou unha cámara de vídeo á comunidade escolar da Sangriña. Nin Alberte nin os seus alumnos estaban afeitos ao emprego da nova ferramenta mais rapidamente se puxeron ao día para sacarlle o máximo partido.

A lenda de Breogán é a adaptación dun relato homónimo de Vicente Risco que conta a historia do caudillo celta. Esta escolla tiña como obxectivo aproveitar o mellor dos escenarios posibles na Guarda, o Monte Trega e o seu castro, e así facer máis atractiva para o alumnado a abordaxe deste período histórico. As rapazas e rapaces sumáronse ilusionados ao proxecto e se encargaron de realizar todas as tarefas que a realización do filme precisaba: localización de escenarios, elaboración do guión, interpretación, preparación do atrezzo, rodaxe, etc.

A curtametraxe comeza cando un rapaz, o protagonista da historia (protagonizado por Seve Pacheco), le o relato no Trega e se retrotrae, nunha ilustración en imaxes moi interesante polo formalismo da proposta, á época pasada na cal sucede. Resulta moi suxestivo este inicio porque nel se fai unha evocación do poder da lectura, que entronca de cheo co propio espírito que alberga o proxecto audiovisual.

A continuación vemos unha serie de secuencias nas que se reconstrúe a vida no castro. Obviamente, as imaxes son moi naif, porén teñen un importante valor xa que poñen en evidencia o propio artificio cinematográfico, case teatral, como acontece nalgunhas correntes de cinemas “non reconciliados” que practican este tipo de procesos, como por exemplo a obra de Jean-Marie Straub e Danièle Huillet. Tras amosar os preparativos á guerra a acción desprázase ao embarcadoiro da Pasaxe. A travesía nun barco (unha gamela) filmouse perto da ponte do Tamuxe, e a secuencia final do enterro acontece na praia do Codesal.

O profesor Alberte de Esteban editou o filme con dous vídeos incorporándolle a voz dos seus alumnos e alumnas e tamén a súa propia en over. As imaxes teñen moitas marcas características da manipulación do vídeo, unhas imperfeccións que nos informan sobre os poucos recursos que había no centro e sobre a época na que foi realizada. A lenda de Breogán recibiu unha crítica moi positiva por parte do cineasta galego Calos Velo cando este foi o convidado nas XOCIVIGA de 1985. No seo deste festival puido ser vista A lenda de Breogán, dentro dunha escolma de obras audiovisuais feitas por institutos de toda Galiza. Este filme foi visto na Guarda en poucas ocasións xa que, até o ano pasado, moi pouca xente sabía da súa existencia. Afortunadamente agora volve á luz por medio do Proxecto Socheo, e á marxe das súas calidades artísticas podemos admirar nela a materialización dun proxecto pedagóxico rompedor e o legado dunha actitude cara a vida crítica e insubornable.

Xurxo González

sábado, 7 de xullo de 2012

O cinema de Agustín



Montaxe con algúns dos filmes favoritos de Agustín Fernández Paz, proxectada durante a homenaxe nacional que se lle tributou o sábado 30 de xuño de 2012 en Vigo. Edición a cargo de Eloy Domínguez Serén.

xoves, 5 de xullo de 2012

Agustín e o cinema

“Isto é unha esaxeración ou habería que matizalo. É obvio que un filme non é tal até a fase de montaxe, e non pode falarse de película até que está montada”. A frase é unha das moitas que están escritas, como notas á marxe, no exemplar que dende os 70 Agustín Fernández Paz garda de Praxis del cine de Noel Bürch: aínda novo, atrevíase a retrucar as palabras dun dos grandes teóricos e críticos do cinema. Nesa altura Agustín era xa un cinéfilo consciente da súa paixón, por máis que moitas veces esta non puidera verse consumada.

A historia, porén, comezara ben atrás. No vello Cine Villalbés da súa vila natal no que, aferrado ao colo da súa nai, choraba a fío vendo Cando os mundos chocan (Rudolph Maté, 1951), que fabulaba sobre a extinción da vida na Terra pola fatal colisión cun astro. Máis pracenteira foi a experiencia d'A illa do tesouro (Byron Haskin, 1950), da man do señor Antoñito, o acomodador. Sentou no palco coa encarga de non se mover de alí e ao se apagaren as luces comezou non só a proxección senón tamén a súa fascinación pola arte cinematográfica, que tivo como primeiro sinal o “brillo especial nos ollos” que a súa nai lle detectou ao voltar á casa. No Villalbés descubriría filmes lendarios como Moby Dick ou Centauros do deserto; no Parroquial, nacido polo impulso dun coadxutor con curiosidade polo cinema, obras menos problemáticas para os usos cristiáns: A túnica sagrada ou Molokai. De cando en cando, algunha sorpresa: O mundo do silencio, o maxistral documental de Cousteau e Louis Malle que gañou a Palma de Ouro e un Oscar de Hollywood.

Na casa estaba o “cine NIC”, un proxector de xoguete agasallo da súa madriña. As imaxes viñan nunha banda de papel vexetal debuxadas en dúas liñas que representaban partes diferentes da animación. Cunha manivela facíase andar a banda e canda ela xiraba un obturador que deixaba ver, de maneira alterna, as imaxes de arriba ou as de abaixo para crear unha sinxela ilusión de movemento. Mercar máis películas para o cine NIC era algo inasumíbel, mais a imaxinación permitía unha feliz alternativa: debuxar as tiras animadas. Coa axuda do pai e dun irmán habelencioso facían con tinta chinesa novas películas, que sonorizaban ao vivo nas xuntanzas familiares.

A Laboral de Xixón foi o seu mundo durante sete anos, dos 13 aos 20, cando saíu co título de Perito Industrial. A impoñente sala de proxeccións do complexo, que abraia aínda hoxe, impactou o mozo Agustín. O son poderoso que viña dos altofalantes do fondo parecía literalmente “a voz de Deus” en San Francisco, xograr de Deus, a obra mestra de Rossellini. Na memoria quedou gravada Mar de herba e A lei do silencio de Elia Kazan, mais tamén Ordet de Dreyer, nunha copia con subtítulos en francés que alguén lía en castelán in situ, ou as de Bergman: O sétimo selo, O manancial da doncela, Fresas salvaxes. Cando tiveron idade abondo para que os deixaran poñer un pé fóra do internado empezaron a achegarse a Xixón nas fins de semana. Nesas saídas “en pandilla” tivo oportunidade de asistir a marabillas como O coleccionista de William Wyler ou West side story de Robert Wise e Jerome Robbins, que lles tocaba xeracionalmente moi de perto. Agustín é quen de lembrar as cancións deste clásico de Bernstein ou as de My fair lady, en parte porque tivo a sorte de que o seu profesor de inglés, o Padre Verastegui, empregaba as letras para aprenderlles a lingua: quizais por iso, porque o que cantaban non lles resultaba totalmente descoñecido, Agustín e os seus compañeiros escaparon do desprezo cara ao cinema musical tan estendido na España da época.

Mais a gran descuberta de Agustín na Laboral non foi de celuloide, senón de papel: a colección completa da revista Film Ideal que atesouraba o centro. Foi entre as paredes da biblioteca onde tivo noticia da Nouvelle Vague ou onde contemplou o cinema americano dende outra perspectiva. Empezou a ler crónicas, estudos e recensións de filmes que desa maneira pasaban a ser seus aínda que non os coñecera, aínda que nalgúns casos tardara décadas en poder velos. Aí nace a súa verdadeira aprendizaxe, que agora contempla, dende a perspectiva dos anos, con inevitábel frustración: a de sentirse estafado, vítima dun sistema corrupto que esmagaba liberdades e coartaba o acceso á cultura. Hai libros que un debe ler a certas idades, filmes que un debe ver no tempo debido, e Agustín, coma todos os da súa xeración, non puido.

Despois da Laboral, Barcelona foi un breve paraíso. Alí estaba todo: o cinema comercial de estrea, as abondosas reposicións, as salas de arte e ensaio que proxectaban en VO e os cineclubes. O menú era inabarcábel por moita que fora a fame, e obrigaba a percorrer a cidade enteira, dunha punta á outra, na procura do filme elixido. De volta a Galicia, instálase na Coruña para estudar maxisterio: ten 24 anos, máis que os seus compañeiros de carreira aos que ademais supera en coñecementos técnicos (matemáticas, física, debuxo) froito da súa formación como perito. Non lle sobra un peso mais si o tempo -moito- e así pode seguir devorando cinema, agora vinculado ao mítico cineclube local conducido con pulso firme por Enrique Alonso Quintás.

Preparaban follas informativas como podían, fusilando fontes alleas ou a partir de recordos, ás veces vagos, de películas xa vistas. Nunha altura na que non era posíbel revisar o filme plano a plano no ordenador antes de escribir a primeira liña, o exercicio da cinefilia esixía un espírito heroico e arroutado. A paixón non mudou: é a mesma, permanece. Xorde con claridade en Fantasmas de luz, o seu máis explícito canto de amor, mais asoma espallada por ducias de artigos e ficcións. O amor, tamén o amor polo cinema, non pode agacharse nunca. É sempre o único que queda.

Martin Pawley. Artigo publicado na sección de cinema do número de xuño de Tempos Novos